Os termos da cooperação serão definidos nas próximas semanas pelas entidades envolvidas, mas com o objetivo de que os trabalhos sejam iniciados ainda no início do segundo semestre. Um dos pontos que deverá ser contemplado com a parceria é a continuidade e o aprofundamento da linha de pesquisa sobre a Demografia Medica no Brasil, que tem sido desenvolvida sob a coordenada do professor Mário Scheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP.

O presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, participou nesta sexta-feira (21) da reunião da Congregação da FMUSP, quando falou sobre a intenção de estabelecimento da cooperação. Um convênio deverá selar o acordo, criando as condições necessárias à realização de pesquisas pela integração de diferentes bancos de dados de cadastros de médicos e outras bases secundárias.

“Trata-se de um momento importante para os Conselhos de Medicina, pois teremos condições de mostrar à sociedade o real perfil dos profissionais”, disse d’Avila. Para o diretor da FMUSP, Giovanni Guido Cerri, a aproximação do CFM e do Cremesp com a academia é importante neste momento em que há um grande debate nacional sobre o médico e a qualidade da assistência.

Também há intenção de ir às fontes primárias para ampliar informações sobre as especialidades, os tipos de atividade, as formas de remuneração e os modos de inserção e de vínculos estabelecidos no mercado profissional. Outros aspectos que também serão contemplados são as jornadas de trabalho, os fatores de produtividade e os movimentos de migração e de mobilidade. Aspectos relacionados ao ensino também foram agregados ao escopo, com avaliação sobre processos de formação dos médicos, desde a graduação até a Residência.

Segundo o coordenador da linha de pesquisa e do futuro observatório, Mário Scheffer, os resultados podem inclusive contribuir para o debate atual sobre acesso a assistência médica no Brasil. Isso porque oferecerá subsídios para identificar o real papel dos médicos no sistema de saúde brasileiro, sua distribuição geográfica e seu perfil em termos de formação.

“É fundamental alcançar evidencias e indicadores que propiciem uma base empírica comum para esse debate. Devemos buscar um novo patamar de conhecimentos por meio de estudos sistemáticos e produção científica que possam lançar luzes sobre escolhas que vem sendo feitas, e posições que vem sendo tomada”, diz Scheffer.

Fonte: CFM

 

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