Após a visita noturna que o presidente do CRM-ES, Severino Dantas Filho, e os conselheiros Adriano Oliveira, Thales Gouveia Limeira, Erick Freitas Curi, Fabiano Pimentel Pereira, Suely Rabello, Rosane Ottoni Passos fizeram no último dia 13 de agosto no Hospital Estadual São Lucas, a Assessoria Jurídica do Conselho avalia a melhor ação a ser adotada para minimizar os problemas encontrados.

Um minucioso relatório foi elaborado pelo Setor de Fiscalização do CRM-ES e entregue à Assessoria Jurídica, cuja previsão é de apresentar uma alternativa de ação até o final desta semana. O objetivo, esclarece Severino Dantas Filho, é adotar uma ação mais eficaz que resulte em melhorias concretas das condições de trabalho e de atendimento médico no Hospital.

Inúmeras fiscalizações e denúncias são feitas, pelo CRM-ES, aos gestores públicos e às autoridades competentes em busca de soluções para a saúde pública capixaba. No entanto, os problemas permanecem, informa Dantas Filho.

Memória

No último dia 13 de agosto, por solicitação dos médicos que trabalham no Hospital Estadual São Lucas, representantes do CRM-ES  fizeram uma visita surpresa, após as 22 horas.

As constatações da superlotação que se agrava no Hospital e de outras situações igualmente críticas levaram o Presidente Severino Dantas Filho a solicitar à Assessoria Jurídica do Conselho uma ação emergencial, a exemplo do que foi feito em Guarapari e que resultou na inauguração do Hospital Materno-Infantil do município e, consequentemente, na melhoria da estrutura de atendimento.

Além de uma ação jurídica, o CRM-ES solicita uma reunião emergencial com os gestores públicos estaduais para debater a real melhoria do Hospital Estadual São Lucas e demais unidades sob a gestão estadual.

De acordo com Severino Dantas Filho, a situação na noite do último dia 13, no Hospital São Lucas, era lastimável. “Muitos pacientes nos corredores da unidade e uma grande quantidade de idosos aglomerados pelo chão aguardando atendimento”, relata o Presidente. Só essas cenas, informa ele, já causam revolta. “O pior é que inúmeras são as denúncias dos médicos, do CRM-ES, do Ministério Público e os problemas não são resolvidos”, desabafa.

Além da aglomeração de pacientes no corredor, outras situações alarmaram os representantes do CRM-ES. De acordo com o conselheiro Adriano Oliveira, algumas constatações chocaram ainda mais. São elas:

1- Internação no centro cirúrgico. Minutos antes da chegada dos conselheiros, duas das quatro salas do centro cirúrgico estavam sendo usadas para “internação de paciente”. A presença de membros do Conselho, no entanto, provocou a transferência rápida para outro local, mas uma pessoa permaneceu “internada”. Funcionários do local confirmaram que esta é uma prática rotineira e não uma exceção.

2- Internação no corredor. Dezenas de pacientes se aglomeravam nos dois corredores do Hospital. Eles aguardavam por internação, por atendimento, por resultado de exames e também por alta hospitalar. Uma grande parcela de idosos e de politraumatizados estava nessa situação.

3- Falta de monitoramento eletrônico. A sala de Admissão, um espaço de aproximadamente 30 m², além de estar sendo usada como local de internação, vários paciente estavam sob ventilação mecânica e nenhum sob monitoramento eletrônico. 

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