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A diretoria do CRM-ES debateu, ontem (12/2), com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), entre eles, o subsecretário de Planejamento e Transparência da Sesa, Tadeu Marino, as alternativas de modelo de atendimento para suprir a falta de especialistas na rede pública.

A reunião foi realizada na sede do CRM-ES, no início da noite e contou com a presença do presidente e da vice-presidente do Conselho, respectivamente, Dr. Celso Murad e Dra. Telma Freitas Pimenta, e com representantes das sociedades de nefrologia, nefropediatria, neurologia, neuropediatria e psiquiatria infantil.

Como conclusão, ficou definido que as Câmaras Técnicas do CRM-ES – que reúnem representantes das especialidades médicas -, junto com representantes das sociedades de especialidades, irão discutir valores e modelos de atendimento que possam agilizar e, ao mesmo tempo, garantir qualidade no atendimento médico para os pacientes do SUS em todas as especialidades médicas.

Demanda reprimida

A maior demanda reprimida para atendimento na rede pública, informaram os representantes da Sesa, está na especialidade de neurologia, com um total aproximado de 30 mil pacientes adultos e infantis a espera de atendimento em todo o Espírito Santo.

No que diz respeito à nefrologia infantil, a demanda reprimida é de quase 1.000 pacientes no estado, sendo cerca de 700 na região metropolitana. E na psiquiatria infantil, cerca de 1.500 pacientes aguardam atendimento, sendo 1.095 somente na região metropolitana.

O modelo atual de atendimento e a baixa remuneração não atraem os especialistas para trabalhar na rede pública de saúde. Mais do que a remuneração, informaram os representantes das sociedades de especialidades presentes à reunião, é o “atual modelo falido” de atendimento médico, em que o encaminhamento para solicitação de exames, pareceres especializados “caem em longas filas virtuais” com o paciente demorando muito para o retorno da consulta e, em muitos casos, nem chegando a retornar.

Rede primária

Outra preocupação apresentada pelo subsecretário Tadeu Marino foi a ineficiência da rede primária. “Estamos, também, nos reunindo com os representantes municipais para discutirmos a forma de equipar as unidades básicas para que seja possível atender o paciente de forma satisfatória na atenção primária e evitar a grande demanda por atendimento básico na rede hospitalar. É preciso qualificar a atenção primária”, reformou Marino.

Segundo ele, a proposta do governo do estado é montar uma organização de serviços para atender e acabar com a demanda reprimida em todas as especialidades médicas. Mas essa, disse Marino, é uma solução que começará a surtir efeito em dois ou três anos.

“Estamos buscando com os municípios, as sociedades de especialidades médicas, com o Conselho de Medicina e demais entidades da área da Saúde alternativas para implantarmos, com sucesso, uma organização de serviços que funcione de forma ágil e eficiente. Estamos vivendo um novo momento da Saúde, com novas tecnologias que possibilitarão a organização de um novo modelo de atendimento médico”, concluiu Marino.

Por fim, o Presidente do CRM-ES se comprometeu a reunir as Câmaras Técnicas para debater as alternativas e tentar colaborar para a melhoria significativa do atendimento médico na saúde pública capixaba.

Reunião com Sesa 1

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