A boa atenção primária é fundamental para a saúde da população e para o sistema de saúde pública. Se nas unidades básicas o atendimento é eficiente, a média e a alta complexidade terão menos sobrecarga e mais condições de dar uma melhor atenção ao paciente. Não faltam médicos, faltam condições de trabalho, segurança e remuneração adequada para o profissional. Este foi o alerta dado, ontem, pelo vice-presidente do CRM-ES, Aloizio Faria de Souza, no 1.º Congresso Capixaba de Medicina de Família e Comunidade, que está sendo realizado no Vitória Grand Hall. O evento teve início dia 1.º e termina no dia 3 de junho.

Aloizio representou o CRM-ES no debate que abordou a Lei 12.871/2013 (Lei do Mais Médicos). Participaram da mesa de discussões Flávia Thereza Decottignies (moderadora), Marcello Dalla (presidente da Associação Capixaba de Medicina de Família e Comunidade – ACMFC), Elizabeth Albuquerque (representante do Ministério da Saúde) e Rosana Alves (representante da Associação Brasileira de Educação Médica – Abem).

O vice-presidente do Conselho frisou a necessidade de garantir a segurança para o médico trabalhar, o que inclui unidades equipadas com medicamentos, equipamentos e todas as condições para a boa prestação dos serviços de saúde ao paciente, o que inclui estabelecimentos com adequadas estruturas físicas e segurança policial para os profissionais e pacientes.

“Além de boas condições de trabalho, cabe ao governo dar proteção física aos profissionais da saúde e à população. O médico não vai para as unidades localizadas em regiões violentas, não vai colocar sua vida em risco, por isso, não se candidata às vagas existentes. O que falta é segurança e não médico”, reforçou Aloizio.

No que diz respeito à Lei do Mais Médico, outra crítica do vice-presidente do CRM-ES foi para o oferecimento de bolsa. “O médico precisa estar amparado pela lei trabalhista”, disse ele e sugeriu ao governo que, junto ao Mais Médicos, lance também os programas Mais Hospitais, Mais Leitos, Mais Investimento para o SUS, Mais Clínicas de Especialidades Médicas, Mais Materiais e Equipamentos e Mais Medicamentos.

Aloizio Faria de Souza finalizou sua apresentação com imagens das péssimas condições físicas das unidades de saúde do Espírito Santo, feitas recentemente pelo Setor de Fiscalização do CRM-ES, mostrando mofos, infiltrações, equipamentos danificados, goteiras, pacientes “acomodados” em cadeiras e nos corredores hospitalares. Ele aproveitou para lembrar que no setor público também existem ilhas de excelência, mas que são exceções.

dr. alosio 3

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