O Conselho de Medicina e a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Espírito Santo lançam a campanha de esclarecimento à sociedade sobre os riscos de se submeter a tratamentos clínicos e procedimentos estéticos com não médicos.

“Um dermatologista fez seis anos de formação na escola de Medicina, depois mais três anos, no mínimo, de residência médica, sem contar congressos, cursos e os estudos que são permanentes para cuidar da sua pele, do seu cabelo e da sua unha”, explica a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Espírito Santo (SDB-ES), Dra. Karina Demoner de Abreu Sarmenghi.

As notícias de danos, alguns irreparáveis, ao paciente são cada vez mais frequentes. O atraente mercado da estética impulsiona profissionais não médicos a fazer cursos de curta duração. “Eles acham que podem dar conta de algo tão sério. É como entrar em avião pilotado por um motorista de táxi. Ele é preparadíssimo para dirigir um carro, mas não tem formação para pilotar um avião, como eu não tenho para construir uma casa, por exemplo”, alerta o presidente do CRM-ES, Dr. Fabrício Otávio Gaburro Teixeira.

Barato?

Procedimentos feitos por profissionais não médicos, portanto despreparados para cuidar da pele, do cabelo e da unha do paciente, quase sempre têm relação com promessas impossíveis de serem alcançadas e com preços baixos. E aí, mesmo sendo clichê, é preciso confirmar o ditado popular: “o barato sai caro”.

Reparar, quando isso é possível, os danos causados por tratamentos mal conduzidos pode gerar gastos muito maiores ou um prejuízo irreparável, que é uma sequela ou a perda da vida, como acrescenta Dra. Karina.

A presidente da SDB-ES alerta a população para as promessas de tratamentos, que, de fato, em alguns casos e em curto prazo, podem oferecer resultados aparentemente bons. A falta de conhecimento do profissional, no entanto, pode provocar, pelo uso de substâncias não apropriadas, em um futuro nem sempre tão distante, sequelas que vão, por exemplo, do aparecimento de vasos na pele, atrofia da pele, manchas escuras… lesões que o paciente só vai ter consciência depois de algum tempo. “Não se pode brincar com a saúde do paciente”, ressalta Dra. Karina.

Vá ao dermatologista

Em função dos riscos que esse atendimento feito por profissionais não qualificados geram para o paciente, o CRM-ES e a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Espírito Santo (SBD-ES) lançaram, juntos, no dia 1º de fevereiro, a campanha Vá ao dermatologista. Em 5 de fevereiro, comemora-se o Dia do Dermatologista.

Segundo a presidente do SBD-ES, a campanha conjunta com o CRM-ES não tem relação com a defesa de mercado, mas com o papel de orientar o paciente. “Não há procedimento estético que não possa afetar a saúde e, quando isso acontece, as consequências podem ser devastadoras. Uma pequena busca no Google lhe apresentará casos assustadores”, ressaltou Dra. Karina.

“O paciente precisa entender os riscos que está correndo quando se submete a procedimentos estéticos com profissionais que não são médicos e, portanto, não estão devidamente preparados para atendê-lo. Os casos estão aí. A imprensa noticia com frequência. Os riscos são enormes”, ressalta Dra. Karina.

Para o presidente do CRM-ES, Dr. Fabrício Otávio Gaburro Teixeira, a população precisa ficar alerta: “Só o médico pode atender esse tipo de paciente. Só ele tem formação para indicar o tratamento adequado para cada paciente”.

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