O avanço da Covid-19 no interior foi tema da reunião realizada na terça-feira (14/07) entre o Presidente do Conselho e o Secretário da Saúde

O avanço da contaminação por Covid-19 no interior do Estado, o acompanhamento aos pacientes que apresentarem sequelas provocadas pela Covid-19, a forma como serão retomadas as atividades do “novo normal” e a conscientização da sociedade para a manutenção das medidas de higiene para evitar o contágio de doenças infecciosas foram os assuntos debatidos, na terça-feira (14/07), entre o presidente do Conselho Regional de Medicina do Espírito (CRM-ES), Celso Murad, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

Enquanto a doença apresenta sinais de controle na Grande Vitória, o avanço para o interior do Estado preocupa. De acordo com Celso Murad, as poucas unidades hospitalares existentes fora da Grande Vitória correm o risco de não suportar a demanda, haja vista que mesmo fora de pandemia o volume de pacientes transferidos para tratamento na região metropolitana é grande e, nesse período crítico pelo qual o mundo passa, o risco de ocorrer um colapso na saúde pública do Espírito Santo aumenta.

“As medidas até agora adotadas pela Sesa conseguiram evitar um colapso na saúde capixaba, mas nos preocupa o avanço da doença no interior. O índice de isolamento está abaixo do esperado, a situação econômica da população está ficando cada vez mais crítica e é preciso saber como sair do isolamento social, encontrar medidas para conter a pandemia e como nos comportar perante o ‘novo normal’”, esclarece Murad.

SEQUELAS DA COVID-19 – Outra preocupação do presidente do CRM-ES é com relação ao acompanhamento clínico dos pacientes que apresentarem sequelas provocadas pela Covid-19. Já existem relatos de sequelas neurológicas, vasculares e outras provocadas pelo novo coronavírus e que, necessariamente, precisam de acompanhamento não somente para o devido tratamento, mas também para estudos comparativos, para que sejam identificadas as complicações dessa nova doença e as formas de tratamento.

Seguem abaixo os dados referentes aos relatos citados:

INGLATERRA – SERVIÇOS NACIONAIS DE SAÚDE

Pacientes hospitalizados com Covid-19:

  • 45% – Necessitaram de cuidados domiciliares.
  • 4% – Necessitaram de algum tipo de reabilitação – fisioterapia pulmonar.
  • 1% – Necessitou de follow up – longo período/vitalício

ESTUDO CHINÊS 2003 – MESES APÓS A ALTA – 21% SARS:

  • Sequelas pulmonares e respiratórias.
  • Fadiga pós viral – insuficiência adrenal.
  • Recuperação em aproximadamente 1 ano.

PACIENTES HONG KONG COVID-19:

  • Impacto na função pulmonar: até 30% – as comorbidades favoreceram.

Também durante a reunião foi discutida a importância da manutenção das medidas de higiene para evitar o contágio de doenças infecciosas como um todo. Essas medidas devem ser reforçadas para a população e também em todas as unidades de saúde públicas e privadas.

Todas essas preocupações, adiantou Murad, estão sendo discutidas para que soluções sejam encontradas. Além disso, o presidente do CRM-ES reforçou a importância da autonomia do médico para adotar o tratamento que considerar mais adequado ao seu paciente.

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