O Ministério da Saúde pedirá informações ao Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o profissional

 O Ministério da Saúde informou ontem que pedirá esclarecimentos ao Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o profissional selecionado para o programa Mais Médicos, em Manaus, suspeito de mutilar mulheres no Amazonas e investigado por atuar ilegalmente no país. A decisão da pasta foi tomada depois de o Correio revelar que Yasser Arafat Salinas Cury, 30 anos, foi autuado pela Polícia Civil exercendo a profissão sem o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), em um hospital público no interior do Amazonas, além de responder a processos por lesionar fisicamente, pelo menos, duas mulheres em cirurgias plásticas realizadas com o irmão Carlos Cury, também investigado e descredenciado do Mais Médicos.

 De acordo com o secretário de Gestão e Educação da pasta, Mozart Salles, serão checados os precedentes criminais de Arafat. “Terá um processo de avaliação sobre o exercício ilegal anterior ou de uma conduta que seja lesiva a um paciente no Brasil”, disse. Mozart garante que, se comprovada a denúncia, o Ministério requisitará o desligamento do médico do programa. “Nós estamos com uma consultoria jurídica analisando o caso.”

 Yasser Arafat ingressou na iniciativa por meio de uma ação na Justiça. Por ser formado na Bolívia, país que tem proporção de médicos por mil habitantes inferior a do Brasil — o que o impede de participar do Mais Médicos —, o profissional não pôde entrar no programa por meio de inscrição individual, sem a revalidação do diploma. Para trabalhar no país, ele precisaria certificar a formação universitária. Recentemente, Arafat tentou duas vezes, mas foi reprovado.

 A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus informou que Arafat já está na cidade, mas não trabalhará até que receba a licença. A previsão do órgão federal é dar a permissão a todos os profissionais do programa até o fim desta semana. Até o fechamento desta edição, o CFM não tinha recebido o pedido de esclarecimentos do Ministério da Saúde.

 Fonte: Diário de Pernambuco

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